domingo, 27 de setembro de 2009

Eu, o estudo e o tempo de tudo

Eu, o estudo e o tempo de tudo

A fome e o verso no estudo
O tempo que assombra esse muro
Me veste, me rasga e impele as grades do mudo

Me rendo as raízes do fruto,
Raízes do tempo que assolam meu mundo
Tempo, que com pompa, joga no escuro
Me assemelha, o vento, em dunas, e em tudo

Eu o tempo, do acento, no intento do obscuro
Que o invento não me cai e se quer posso-te em lume

Eu, o tempo do Invento
Eu, o soneto imperfeito
Eu, a obra incompreensível

Eu, a morte do saber, em verdades absolutas
O cego fascinado pelo ópio que lhe rega
Brinquedo, do atento sedento


Eduardo Manciolli

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Desatino

    Quem poderia se quer homiziar... tal qual sublime alma... que me atrai, me destrói, e acaba com minhas convicções, me perco no caminho em meu breve desatino, louco para beijar-te louco por seus lábios, louco para te ver louco para te tocar, mas impávido destino me cerca em meio ao fogo cerrado, e me prende nas grades do destino, e me entorpece para que eu não sinta a distancia que nos separa, ah! Impávido destino, quantas peças já me pregastes e agora me chegas com uma alma tão bela o nome soa mais como uma benção e como incrédulo que sempre fui, sinto que fui presenteado com tal alma e tenho que admitir que tenho receio em tocar sua pele branca e linda que reluz o amor em corações dispersos, e sentir o que quero a tempos, o seu calor para saber que tal alma existe em algum lugar depois do monte e que tal qual beleza que irradia meus dias, não seja só mais uma peça do meu torpe destino.


Eduardo Manciolli

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Seus olhos nos meus

Eu posso ver, seus olhos nos meus,

A fé e o perdão, quero paz quero chão.

Eu posso ter amor sem temor, paixão sem razão,
Ter a luz solução,
Quero o pão e o perdão fiel compaixão,
Um pássaro na imensidão
Só me esvai esse drão.

Eu sem você sou triste sou fel
Sou traço do escracho
Um rabisco um relaxo.

Eu sem você sou só dissabor
Meus rastros me enganam,
Preciso dos teus,
Refaz o meu pranto,
Me ama, me engana
E me faz o teu amo.

Oh! Meu amor volta logo vem sim,
Preciso te ter antes do amanhecer,
Volta logo pra mim, pois eu amo você.


Eduardo Manciolli

domingo, 20 de setembro de 2009

Teu cheiro doce tormento

Ainda sinto o seu cheiro, doce tormento, maldita hora em que quis um pouco de ti, agora vivo assim, com a vaga lembrança de teu rosto, sua pele... Pura seda, e o teu perfume, “doce tormento”, maldita hora...


Das poucas coisas que ficam no vazio do tempo é de como é bom, se lembrar do cheiro da pessoa a qual se apegou.

E digo “maldito cheiro”, amei cada segundo ao teu lado... E vi, que só está vida, não bastava.

Amei cada movimento, naquele jogo tolo do amor.

E levarei o mel de teus lábios, por belas outras “viagens”, a te procurar.

Simplesmente você.

Eduardo Manciolli

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Ator na Vida

Ator na vida, ator na sorte, ator na corte, ator na morte, entre os versos que prestei , entre os versos que surrei, amarras que desatei, amores que inventei dores que forjei acordes que toquei, nenhum som nenhum tom, nenhum dom.


Outrora acordarei, outra dormirei, outrora despertarei do meu sonho amargo, outrora viverei, outrora simplesmente assistirei a assintomática vida tomar cabo de mim.

Dentre as coisas que senti, entre os fatos que corri, os sabores que senti, as mulheres que dormi, as MENTIRAS que ESCOLHI, as verdades que não vi.

Nada soa tão ineficiente e constante quanto, Deus, Homem e a morte



Eduardo Manciolli

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Despertar aos 40 anos

As vezes buscamos tão longe a felicidade.
E nem percebemos que ela vive escondidinha, dentro do peito.

E então nos deparamos com uma foto dessas,
em plena terça-feira, 4 horas da tarde,
você para de escrever e de tudo que está fazendo,
os pensamentos desaparecem, e a única coisa que você ouve,
é seu coração batendo, não forte, mas sim, banhado em saudade,
saudade pelos que já se foram ou que passaram pela sua vida
e que mudaram, mesmo que indiretamente,
e que talvez você nem saiba, mas muitas das tuas convicções hoje,
sejam produto dessa relação.

Saudade da meninez, do tempo, em que o tempo não era "Senhor",
Do tempo em que o tempo não era nada senão o dia e a noite,
Do tempo que apenas ficar sentado à calçada com seus amiguinhos
olhando os carros passarem era a diversão do dia,
Do tempo, aiii!!! O tempo!
Do tempo em que seu avô te pegava no colo e brincava de
"rema, rema, remador" e vocês riam tanto disso,
Do tempo em que ele te olhava fundo nos olhos,
e não acreditava que tinha um neto tão lindo.

E então você olha mais fundo e esquece de todo stress, raiva e ambição
e se sente no corpo de criança, e começa um filme na tua cabeça,
você crescendo, você chegando a adolescência,
um mundo novo para você, das namoradas, e começa a ver tudo
que você imaginava para você no futuro, e é tudo tão diferente, os sonhos...
Aiii! Quantos sonhos, quanta imaginação, quanta pureza, quanta liberdade,
quanta vida.

Então é quando você se pega na véspera do seu aniversario de 40 anos,
no corpo de criança outra vez, e se pergunta....
Será? Será que eu fui justo comigo?
Será que ele gostaria de ser o que eu sou hoje?
Então você levanta, vai ao banheiro, lava o rosto, se olha no espelho,
e percebe aos 40 anos de idade, que você ainda é aquela criança,
aprendendo a viver

Eduardo Manciolli

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Amor machucado

    As vezes o tempo avança e retrocede, as vezes o tempo para e se torna insuportavelmente infeliz, as vezes o tempo sucumbe e a vida se torna instável e inconstante, as vezes tudo que queremos é apertar o pause rebobinar a fita e apagar completamente todas as lembranças , cheiros e fotos, antes mesmo de tentar entender o que aconteceu, ou porque aconteceu, simplesmente voltar ao ponto onde tudo começou, mas desta vez antes de te olhar e me apaixonar perdidamente eu diria não a mim mesmo, não ao conforto de amar alguém especial, não por não te desejar mais ou qualquer tipo de magoa, e sim para não viver mais longe de você, eu apagaria toda e qualquer substancia retrátil de você.
Eduardo Manciolli

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Quanta Dor ( Poema musicado antigo "perda d uma namoradinha" )

"Quanta dor, me assola nesse instante

Meu amor, desse traço faço um verso
Por favor quero ser seu acalento

Eu não vou mais resistir ao seu olhar
Porque
Dói, dói de mais ter você sem te tocar
Minha paz, são meus sonhos que me traz
Eu finjo ter um roteiro pro final

E o não saber só distrai esse porque
Que me aflora
Tentando entender
E então fiz essa canção
Te quero, o bem
E você assim me tem
Da arte do amor sou menino professor

Das minhas mãos jorram versos solução
o vento da os acordes que faltavam
o sol se vai me deixando as incertezas
meus pensamentos calejados pela noite
Me entorpecem afastando toda dor
Meus versos são gotas na multidão"


Eduardo Manciolli

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Avassalador ventre

    Avassalador ventre que me lançaste ao mundo perdido, que tentamos venda-lo em bruma e nevoeiro, não faço parte desse arranjo contraditório, nesse entoar de musica robusta que tornou nossas vidas lastimosas e sem brio, eu vejo por traz dos teus olhos sua alma fumegar exaurida, por saber que es tolo a espera desse grande porvir, e me entristeço ao saber que estes falsários contos saem dos teus lábios ruidosos.

Eduardo Manciolli

Gabarito OAB ( setembro 2009 )

Gabarito Liberdade
http://idamasio.com/gabaritooab/spbr/pdf/gabaritoSPBR.pdf

Devido a baixa qualidade dos outros gabaritos nao vou postar.
Tem apenas GABARITO PRÉVIO - CADERNO IGUALDADE com 10 questoes por enquanto, para matar a curiosidade.

by Professor Morgado


IGUALDADE

1 - C
2 - B
3 - C
4 - A
5 - D
6 - B
7 - A
8 - A
9 - B
10 -C

domingo, 13 de setembro de 2009

A "Louca" a "Surda" e a "Outra".

Conservar a morte certa, a louca, a surda e a outra.

Pense ver a certa clara imersa
Pense ver a surda insana
Pense ver a cura!!
Imersa e pura
Sinto a doce cura nua e escura

Quero verte ardente em meu berço ausente
Quero verte ausente em meu berço
Quero verte doente e latente
Que a doença caiba em minha sede
Que a cura caia e não só me caia
Quero vê-la febril e ardente
Que a chama espalhe sedenta
Que a cura esvaia o doente
Que a cura me caia ausente
Que a cura me caia

Borbulham em minhas veias o fogo que me deixa cego e ausente

Quero a surda, muda, quero o mudo, mudo
Quero tela ausente e freqüente
Quero te la na chama,
Quero te la na cama
Quero te la em meus poros
Quero cada poro infestado com seu suor
Quero te la nua, insana e pura
Quero ter a tua, quero ter a sua
Quero o progresso, navegar no regresso e acreditar na minha mente impura.

Eduardo Manciolli

sábado, 12 de setembro de 2009

A Arte do Não Saber

     Depois de estudar de todas as ciências, depois de provar todas as religiosidades, descobri que todas as religiões, seitas e grupos imparciais, que todos estes estão interligados, pode ser que no percurso as linhas de pensamento se afastem ou mudem assombrosamente, mas no fim todos se aglutinam e se tornam um só, descobri também que não existe uma verdade ou verdades absolutas, a mágica, o jogo, o fatídico de tudo está no meio termo de tudo, nunca crispe os olhos para o que vê, o certo não é se avizinhar de desconfiança e negar tais “verdades”, isso porque as frases se abrem em diferentes tons isso depende do grau de evolução de cada um, então saiba digerir e acrescentar o pouco que seja de cada coisa, a mágica de tudo está no meio termo a chave para a sabedoria está lá criptografada e aberta a quem estiver preparado, e como eu digo a mágica está na arte do não saber ( o olhar com os olhos de quando criança ), pois o que sabemos enquanto “Homem”? Não preciso ir longe, o que sabemos enquanto “Homem”, acerca de nos mesmos? Quando digo acerca de nos mesmos não é que somos pouco a se entender, se desvendar os mistérios em si mesmo terá as chaves do universo, pois nós somos o que há de mágico, se descobrir a ti mesmo não precisaras mais caminhar, a arte do não saber nos toma como mágicos incógnitos e radiantes, o saber por si só nos destrói, nos tornamos doutos e enquanto “sábios” empobrecemos, pois não vemos mais o mundo como com os olhos de criança.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Desespero

O desespero,
o aceite,
o deleite,
as quinquilharias,
a vidraçaria,
e a sinergia

Sinto dentro de mim
um Eco,
ele entrar e sai
por todos os meus poros
e perturba meu ser

Um vazio completo me toma
me sinto como uma banheira enorme
numa casa velha, cheia de lembranças
e moveis indesejáveis,
amontoados por todos os cantos,
cortinas semi-vestidas e janelas entre abertas

O puro vazio,
um copo,
uma lata na rua,
uma garrafa na chuva,
um deus sem credo,
uma banheira polida de ópio e desejo,
poeira e solidão
completamente despido

as vezes me queixo
as vezes me deito
as vezes me aceito

As vezes acordo e gostaria que tudo fosse diferente, e que você estivesse ao meu lado.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Cupido Day

Hoje nos Twitter #CupidoDay!
Das 19 as 21 horas
pausa de 1 hora
Das 22 as 00 hs
Aproveitem para arrumar um Paquera novo, ou tirar a teia de aranha dos seus Followers.
@manciolli

Carta Capital

    As sementes sorridentes que planto em meu feitio quase sempre feito do desfeito, quero me poupar e somente poupar aos meus próximos quero ter a fresta que rasga meu lúcido recurso, quero o selo da dor em molde e figurado, quero a extrema arrogância de minha intolerância reprimida na fonte de um sexto “quinteto”, a forma e o som que entôo é quase sempre irracional e passional, as mesmices as quais me deparo pelo caminho tolo e incumbido de dispersão maciça de uma fonte divina e quadrúpede, as centelhas de esmero repurgam um vomito sucumbido que me cai em âmbito quase sempre reluzente, os quadríceps de tua alma são os resquícios de meus rabiscos a forma e a vida que respira é quase sempre impassível de ternura, as vezes penso e existo, as vezes penso e desapareço a força e a hermética aplicada na impaciente alma furta todos os caprichos de uma atitude, as queixas e queixumes dos capciosos e facínoras que me rodeiam aplicam a mim a forma retrátil de ódio e emprego de força.
Blog manciolli no ar